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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Pré-sal brasileiro ou não?

O tucanato mordeu a isca direitinho. Encarou o discurso de lançamento do marco do pré-sal como uma declaração de guerra. Antecipa-se, assim, o debate plebiscitário que Lula idealiza para a disputa presidencial de 2010. De um lado, a era FHC dos Tucanos e Demos que entregaram empresas estatais a preço de banana e prometiam entregar o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e a própria Petrobrás. Do outro, a atual gestão que quer o petróleo do pré-sal pertencendo ao Estado Brasileiro. O atual governo reforçou o sistema bancário oficial, permitindo com isso, uma maior ingerência no momento da crise internacional. O pré-sal vai servir de parâmetro para a próxima disputa eleitoral.

A concessão de FHC ou a partilha de Lula

No centro do embate está o modelo de exploração do petróleo: o modelo de concessão de FHC versus o modelo de partilha proposto por Lula. Na concessão, o óleo é das empresas privadas, que remuneram o Estado com impostos e royalties. Na partilha, quem dá as cartas é a estatal Petrobras.

Atacar para não apanhar

O debate sobre as privatizações é, ainda hoje, visto como uma espécie de ocaso tucano. Alckmin teve, no segundo turno, menos votos do que conseguira no primeiro. A cúpula do PSDB farejou no discurso petroleiro de Lula a mesma armadilha de 2006. E decidiu adotar o ataque como tática de defesa.

O primeiro ataque é sobre o tempo que os tucanos precisariam para “debater” o projeto: “um ano, pelo menos”, disse o líder do partido na Câmara dos Deputados José Aníbal (PSDB). Estes deputados estão acostumados a empurrar de barriga projetos importantes que levam anos para serem aprovados. Com esse tempo, quem sabe eles conseguem mudanças que favoreçam os seus patrocinadores, o capital estrangeiro, o principal interessado em que o pré-sal não dê certo.

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