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quarta-feira, 19 de maio de 2010

A História do Professor e Guarda-livros Manoelzinho

A notícia que segue é uma contribuição da Cláudia Regina Telles. A história do professor e guarda-livros Manoelzinho, pioneiro da imprensa de Itajaí, será contada por Saulo Adami, Tina Rosa e Gênice Suavi no livro “Jornaes de Hontem: Manoel Ferreira de Miranda e o Primeiro Diário de Itajahy”. O lançamento da obra será nesta quarta-feira (19), às 19h30, no Salão Nobre do Museu Histórico de Itajaí. O evento vai contar com a presença de familiares do professor Manoel Ferreira de Miranda que virão de São Paulo especialmente para o lançamento. Conhecido como Professor Manoelzinho, Manoel Ferreira de Miranda nasceu em Itajaí na década de 1870 e morreu em São Paulo, em 1939. Descendente de portugueses foi colaborador dos semanários “Novidades” e “O Pharol”, e criou seus próprios jornais: “Gazeta de Itajahy” (1912-1915) e “Diário de Itajahy” (1914-1915), o primeiro diário local e um dos primeiros de Santa Catarina. Professor Manoelzinho foi vítima da intolerância em sua terra natal. Durante o desfile de Carnaval de 1912, o bloco “Cara Dura” teve um de seus carros de crítica alvejado por tiros de carabina, disparados por policiais, sob ordens do juiz de direito. Foram feridos o carpinteiro Paulo Marcello e o Professor Manoelzinho, que teve amputada sua perna direita, atingida por dois disparos. Este episódio ficou conhecido como “Carnaval Sangrento” e resultou, três anos depois, na saída do jornalista de Itajaí: ele perdeu o processo que moveu contra as autoridades locais. Para os autores esta história merece ser contada por se tratar de um personagem que viveu à frente do seu tempo. “Professor Manoelzinho foi um agente transformador da sociedade”, afirmou o escritor. Para dar legitimidade às informações, os escritores foram à Vila São Francisco, São Paulo, entrevistar o tenente Ozi, que relembrou os últimos 19 anos da vida de seu pai. Saulo Adami e Tina Rosa foram recepcionados por Ozi, sua esposa Thereza e seus filhos Eli e Ana Maria, um encontro que durou cerca de duas horas. Ozi morreu 60 dias

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