O diretor do Datafolha, Mauro Paulino, disse hoje em um artigo escrito para a Folha que,a pesquisa Datafolha divulgada sábado revela que o crescimento de Dilma Rousseff reflete não só a transferência da popularidade de Lula como arranhões na imagem do governador José Serra.
Segundo o diretor da DataFolha, uma análise dos resultados feita por ele, o desgaste da candidatura de Serra em estratos importantes do eleitorado também compõe o cenário.
O conhecimento de Dilma como candidata apoiada por Lula cresceu de 52% para 59%. Nos segmentos de menor renda e menor escolaridade, a taxa subiu oito pontos percentuais.
Há, aproximadamente, 14% de brasileiros que querem votar no candidato de Lula, mas não o fazem por desconhecê-lo. Em dezembro, eram 15%.
Já Serra perdeu cinco pontos percentuais -o prejuízo foi maior onde a aprovação do governo federal é expressiva.
Mas a perda de três pontos percentuais do tucano na região Sudeste talvez seja mais relevante, não só pelo peso político, como também estatístico. O Sudeste responde por aproximadamente 42% da população adulta do país. A vantagem de Serra para Dilma na região caiu de 22 para 14 pontos.
A taxa de rejeição é outro dado que pode confirmar o desgaste do tucano. Em dezembro, 19% diziam que não votariam em Serra de jeito nenhum. Agora, esse percentual é de 25%.
Neste momento, Serra e Dilma estão no mesmo patamar de intenções de voto. Ou seja, técnicamente empatados. A partir do início da campanha, os eleitores irão compará-los, assim como farão com a imagem de Dilma e os atributos de Lula. Dessa empatia dependerá a concretização do potencial de transferência de votos de Lula.
Na pesquisa espontânea, Dilma chegou a 10% (a mesma taxa de Lula), contra 7% de Serra.
Lula faz diferença
A pesquisa Datafolha mostra que 42% dos entrevistados pretendem votar no candidato apoiado pelo Presidente Lula - e nem todos sabem que sua preferida é Dilma Rousseff, o que indica potencial de crescimento para a ministra. Outros 26% dizem que "talvez" sigam a opção de Lula, e 22% rejeitam essa possibilidade.
O próprio Presidente ainda é citado como candidato preferido em 2010, embora ele esteja impedido pela Constituição de disputar uma nova reeleição. O nível de desinformação sobre esse fato, porém, tem caído.
A pesquisa espontânea - na qual os entrevistados apontam suas preferências sem ler uma lista de nomes - mostra redução no número de eleitores que citam Lula. Os lulistas convictos e desinformados, que eram 27% em agosto, caíram para 20% em dezembro e para 10% em fevereiro. No mesmo período, as menções espontâneas a Dilma foram de 4%, 8% e 10%, respectivamente.
Lula
A cerca de sete meses das eleições, a gestão de Lula é considerada ótima ou boa por 73% da população, segundo o Datafolha. No Nordeste, onde Dilma tem seu melhor desempenho, a aprovação a Lula chega a 84%. No Sul, é de 65%.
A satisfação com o governo é maior nos segmentos de renda mais baixa. Chega a 75% entre os que têm renda de até cinco salários mínimos. Entre os que recebem mais de 10 salários, é de 56%.
Em março de 2002, o último ano de sua gestão, o então presidente Fernando Henrique Cardoso era aprovado por 29% da população.
(Informações do Blog dos Amigos do Presidente Lula
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