Roberto Civita, dono da Editora Abril, que publica o detrito da Veja, deve estar apavorado. A hashtag #VejaBandida ficou entre os temas mais comentados no twitter mundial. No Brasil, ostentou durante vários minutos o primeiro lugar a partir nesta quarta-feira (18). Os ativistas digitais deram um show, mostrando os podres da publicação mais direitista do país, agora escancarados com as revelações da Polícia Federal sobre as suas relações com o mafioso Carlinhos Cachoeira.
Por Altamiro BorgesOs grampos legais da Operação Monte Carlo revelaram que o editor-chefe da Veja, Policarpo Jr., fez mais de 200 ligações telefônicas para o mafioso. Nelas, eles combinaram como produzir “assassinatos de reputações” e como interferir nos rumos políticos do Brasil. Pior do que o mafioso Rupert Murdoch, o imperador da mídia mundial que corrompeu policiais e políticos no Reino Unido, a publicação da famiglia Civita manteve íntimas relações com o crime organizado.
CPI deve convocar Bob Civita
Na rede mundial de computadores, os internautas deram o troco contra a revista mafiosa. Antes mesmo do horário combinado para o protesto virtual contra a Veja, a hashtag já estava no quinto lugar entre os assuntos mais comentados da internet – no Trending Topics. Depois das 20 horas, ele ficou em primeiro lugar na lista nacional e foi parar entre os dez mais dos TT´s mundiais.
Os deputados federais e senadores que finalmente aprovaram a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), mista, sobre os crimes da quadrilha de Carlinhos Cachoeira, deveriam ficar atentos aos protestos na internet. Não dá para abafar as denúncias que envolvem a revista Veja. Qualquer tentativa de livrar a cara de Bob Civita será repudiada pelos setores organizados da sociedade brasileira, que não aceitam mais as manipulações da ditadura midiática.
Do blog do Miro
Veja: a revista bandida
Que legitimidade tem a revista Veja para afirmar, em sua última edição, que a investigação do crime organizado por parte de uma CPI constitucionalmente formada possui a finalidade instrumental de encobrir um escândalo político, no caso o chamado “mensalão”?
Absolutamente nenhuma. Pelo simples fato de que Veja é alvo das investigações que agora tomam curso para esclarecer o porquê de Cachoeira e seu bando desfrutarem de tamanha proteção junto a setores da mídia, em particular junto ao periódico da editora Abril.
E já se sabe que Veja colaborou com o gangster Carlinhos Cachoeira em crimes de chantagem e extorsão contra autoridades públicas a fim de atrair para suas páginas anúncios de empresas fornecedoras do governo federal e remunerar-se, por serviços prestados à oposição, com farta publicidade e benesses das gestões estaduais comandados pelo PSDB.
Como o demonstra a compra em São Paulo de milhões de exemplares da revista para a rede estadual de ensino sem concorrência pública e agora a cessão gratuita de espaços para sua editora na grade da emissora estatal Rádio e Televisão Cultura.
Com Carlinhos Cachoeira e seus agentes incrustados na máquina pública, Veja estimulava e depois divulgava as ações de suborno, que serviam para conseguir vantagens creditícias em bancos públicos e negócios com autoridades da esfera estadual, sem falar nos milhões de exemplares vendidos de suas revistas com o que era apresentado como furo jornalístico.
As fontes de Veja eram homens a serviços do crime organizado. Gravações autorizadas pela justiça mostram o próprio capo Cachoeira afirmar que todas as matérias de repercussão do semanário foram patrocinadas por sua quadrilha.
Compreende-se que Veja se valha agora do último recurso que tem à disposição para descaracterizar a forte suspeita que paira sobre a finalidade e a natureza do jornalismo que realiza: afirmar que a própria ação pública saneadora das instituições possui propósitos escusos e desviantes.
Para a revista seria admissível que a infiltração do crime organizado se aprofundasse desde que não fossem tocadas as fontes ilegítimas de suas manchetes pré-fabricadas. Isso porque era ela própria a arma mais eficaz de que dispunham os corruptores para atemorizar funcionários corrompidos e amolecer parlamentares e o judiciário para que dessem forma a uma normatividade que favorecesse as ilicitudes da organização.
Não bastou `a Veja bajular Dilma para impedir que as ações da polícia federal viessem a público. Como não terá efeito a versão que agora busca dar circulação entre aliados na mídia que Dilma é contrária à radicalização da CPI. Entenda-se como radical a convocação do chantagista Roberto Civitta para depôr coercetivamente sobre os meios de que se valia para manter viável seu negócio.
Agora o pasquim da imprensa marrom, que levantava a bola para que outros de cara mais limpa na mídia pudessem forjar consensos condenatórios em torno de pessoas e autoridades, naquilo que passará à história como indústria da difamação, sentará onde deveria ter chegado há muito mais tempo: o banco dos réus.
Do Blog “O Brasil que Vai!”
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