O ataque
organizado dos colunistas da grande imprensa agora tem como mote o
"pibinho" e a ineficiência econômica. Como a corrupção não gruda na
presidente Dilma, a saída é tentar responsabilizá-la pelo caos
aeroportuário e pelos apagões (mesmo quando a falta de luz dura apenas
quatro minutos, como no bairro nobre de Brasília onde vive Ricardo
Noblat)
Site 247 - Eram 15h01 quando o jornalista
Ricardo Noblat, colunista do Globo, postou no Twitter a informação sobre
um suposto novo apagão em Brasília. "Juro: acaba de faltar luz no lago
sul de Brasília. Ontem foram 3 horas sem luz. Dessa vez não teve trovão
nem raio nem granizo. Espalhem!". Mais do que simplesmente noticiar,
Noblat pediu para que seus seguidores disseminassem a informação. Quatro
minutos depois, no entanto, veio a correção: "Voltou a luz. Veremos até
quando".
Na prática, o tweet de Noblat sintetizou uma velha máxima
do jornalismo: "good news is bad news", ou seja, notícia boa é notícia
ruim. Seu apagão de quatro minutos foi tão frustrante, que o colunista
deixou transparecer sua má vontade no "veremos até quando".
O alarme de Noblat não seria uma notícia se não fosse
parte de um movimento organizado. O "pibinho" e a economia são os novos
motes de grande imprensa para tentar derrubar a popularidade da
presidente Dilma Rousseff – o que não será tão simples num país onde o
desemprego está na menor taxa em dez anos.
Nesta sexta-feira, Eliane Cantanhêde resgatou o
"especialista" Maílson da Nóbrega (aquele da hiperinflação) para atacar o
"intervencionismo" de Dilma e de seu ministro Guido Mantega (leia aqui). Miriam Leitão retratou uma Dilma que teria sido abduzida e viveria numa espécie de realidade paralela (leia aqui).
E Ancelmo Gois atingiu o ápice ao reproduzir uma suposta frase dita no
Galeão: "Se alguém aqui votar em Lula ou em Dilma, é filho da puta!"
(leia aqui).
Noblat foi além e noticiou um apagão de quatro minutos.
Será que os especialistas em mensalão, agora convertidos em
especialistas em economia, não estão exagerando na dose? E será que não é
por isso que Nelson Motta não enxerga o declínio da influência dos
chamados formadores de opinião? (leia aqui o artigo de Motta, também no Globo).
Nenhum comentário:
Postar um comentário