O PRTB de Levy Fidelix, o PSDC de José Maria Eymael e uma série de pequenos partidos ganharam espaço nos Estados, com o encolhimento de siglas tradicionais, e terão bancadas expressivas nas Assembleias Legislativas a partir do início de 2011.
Tucanos, demistas e peemedebistas elegeram menos deputados e abriram caminho para o PT se tornar a maior bancada somada nos Legislativos estaduais.Um grupo de 11 partidos nanicos ficou com 141 vagas nos Estados nas eleições de outubro, o equivalente aos plenários das Assembleias de Rio e Minas somados.
A conta inclui partidos que hoje nem sequer possuem representação na Câmara, como o PRP. O PT do B, que nem site oficial tem, ganhou 20 cadeiras e deixou para trás o tradicional PC do B.O PTC, herdeiro do partido que elegeu Fernando Collor presidente em 1989, passou de quatro para oito deputados estaduais pelo país.
Os Estados e o DF possuem juntos 1.059 vagas para deputados estaduais ou distritais. Das 27 legendas constituídas no país, apenas três -todas de extrema esquerda- não elegeram nenhum representante.Desde 2006, essas agremiações se livraram da ameaça da cláusula de barreira, derrubada na Justiça.
O mecanismo, que tirava recursos da legenda que não atingisse um mínimo de votos, forçou, em eleições passadas, a incorporação por partidos maiores de siglas como o PAN (Partido dos Aposentados da Nação) e o Prona, de Enéas Carneiro, morto em 2007.
Os partidos menores também se beneficiaram de coligações feitas com maiores, que ajudaram a atingir o quociente eleitoral necessário para eleger candidatos.
MAIORES
Se em Estados como São Paulo e Rio Grande do Sul partidos como PSDB e PT ainda emplacam grandes bancadas, em regiões menores o conjunto de pequenos mostra mais força.
Um terço dos eleitos nas Assembleias de Roraima e Rondônia é filiado a legendas de menor expressão nacional, como o PTN. Em Roraima e no Amapá, o PT não terá nenhum deputado estadual, assim como os tucanos no Espírito Santo.
A exemplo do que ocorreu na Câmara dos Deputados, o PT também será o partido com a maior bancada nas Assembleias, com 149 deputados. Atualmente, é o terceiro, atrás do PMDB e dos tucanos.
No país, o PMDB perdeu mais de 20 vagas e terá 147. A maior queda foi a do DEM, que teve sua bancada nas Assembleias reduzida em 37%. Ficou com 76 deputados.
O resultado deve dificultar a formação de maioria para alguns governadores. No Rio Grande do Sul, o PT e aliados de primeira hora do eleito Tarso Genro conseguiram 18 das 55 cadeiras. O partido corre atrás de outras siglas.
No Tocantins, onde só dois candidatos tentaram o governo, o bloco do eleito, Siqueira Campos (PSDB), elegeu 10 dos 24 deputados estaduais.Folha
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