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terça-feira, 27 de agosto de 2013

REAÇÕES AS ATITUDES DE MÉDICOS BRASILEIROS NO ATO DE RECEPÇÃO DOS MÉDICOS CUBANOS

A chegada dos médicos cubanos provocou uma reação preconceituosa e racista de setores da classe médica brasileira.
No Brasil existe um déficit de 15 mil médicos para atender, principalmente a periferia das grandes cidades e as pequenas cidades do interior. Numa tentativa de minimizar a falta de atendimento, especialmente para os mais carentes, o governo está trazendo médicos estrangeiros e os primeiros a chegar foram os cubanos.
Na chegada dos médicos, grupos de médicos brasileiros protagonizaram cenas lamentáveis nos aeroportos por onde os cubanos desembarcaram. Leia alguns comentários sobe esse episódio.

Rafinha Bastos
Humorista demonstra indignação com o preconceito mostrado pela classe médica brasileira contra os profissionais estrangeiros: "Ñ quer médico estrangeiro no BR? Então coloca o jaleco e vai trabalhar em interior do Pará!", escreveu, pelo Twitter.


Ricardo Noblat
"Os jovens da foto têm idade para ser nossos filhos ou até netos. Que geração egoísta, mesquinha, rude e desinformada é essa que estamos criando?", diz o jornalista Ricardo Noblat, colunista do Globo, sobre os médicos que hostilizaram os cubanos.

Jornalista Potiguar e o Preconceito
A jornalista potiguar Micheline Borges publicou em seu Facebook que “médico, geralmente, tem postura, tem cara de médico, se impõe a partir da aparência”, o que ela não teria percebido nos profissionais cubanos; "coitada da nossa população. Será que eles entendem de dengue? E febre amarela? Deus proteja o nosso Povo”, afirmou, destilando preconceito e ignorância; diante da repercussão negativa, a jornalista excluiu sua conta na rede social

Quem é mesmo a escrava?

A médica cubana Natasha Romero Sanches, que disse que seu salário é suficiente, ou a colunista Eliane Cantanhêde, que afirma que profissionais como ela vieram ao Brasil num "avião negreiro"? Quem se deixou acorrentar pelos grilhões da ideologia: a doutora negra que diz trabalhar pela vocação de salvar vidas ou os jornalistas que a enxergam como uma escrava e se obrigam a atirar pedras em qualquer iniciativa do governo Dilma, seja por interesses políticos ou econômicos dos seus patrões?

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