A chegada
dos médicos cubanos provocou uma reação preconceituosa e racista de setores da
classe médica brasileira.
No Brasil
existe um déficit de 15 mil médicos para atender, principalmente a periferia
das grandes cidades e as pequenas cidades do interior. Numa tentativa de
minimizar a falta de atendimento, especialmente para os mais carentes, o
governo está trazendo médicos estrangeiros e os primeiros a chegar foram os
cubanos.
Na
chegada dos médicos, grupos de médicos brasileiros protagonizaram cenas
lamentáveis nos aeroportos por onde os cubanos desembarcaram. Leia alguns
comentários sobe esse episódio.
Rafinha Bastos
Humorista demonstra indignação com o preconceito mostrado
pela classe médica brasileira contra os profissionais estrangeiros: "Ñ
quer médico estrangeiro no BR? Então coloca o jaleco e vai trabalhar em
interior do Pará!", escreveu, pelo Twitter.
Ricardo Noblat
"Os jovens da foto têm idade para ser nossos filhos ou
até netos. Que geração egoísta, mesquinha, rude e desinformada é essa que
estamos criando?", diz o jornalista Ricardo Noblat, colunista do Globo,
sobre os médicos que hostilizaram os cubanos.
Jornalista Potiguar e o
Preconceito
A jornalista potiguar Micheline Borges publicou em seu
Facebook que “médico, geralmente, tem postura, tem cara de médico, se impõe a
partir da aparência”, o que ela não teria percebido nos profissionais cubanos;
"coitada da nossa população. Será que eles entendem de dengue? E febre
amarela? Deus proteja o nosso Povo”, afirmou, destilando preconceito e
ignorância; diante da repercussão negativa, a jornalista excluiu sua conta na
rede social
Quem é mesmo
a escrava?
A médica cubana Natasha Romero Sanches, que disse que seu
salário é suficiente, ou a colunista Eliane Cantanhêde, que afirma que
profissionais como ela vieram ao Brasil num "avião negreiro"? Quem se
deixou acorrentar pelos grilhões da ideologia: a doutora negra que diz
trabalhar pela vocação de salvar vidas ou os jornalistas que a enxergam como
uma escrava e se obrigam a atirar pedras em qualquer iniciativa do governo
Dilma, seja por interesses políticos ou econômicos dos seus patrões?
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