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domingo, 28 de dezembro de 2008

Navega On Line 03 - A Catástrofe

A catástrofe Navegantes também sofre. Não sofremos tanto quanto sofre Itajaí, Ilhota, Luiz Alves, Blumenau, Gaspar. Os bairros mais atingidos foram Volta Grande e Porto das Balsas. O bairro do Gravatá sofreu com as águas do rio Gravatá. Além disso, a chuva provocou alagamentos no Gravatá, Meia Praia, Centro, Hugo de Almeida e Bairro São Paulo com maior intensidade. Problemas com deslizamentos foram registrados em Escalvados.

O trabalho de resgate No domingo formamos uma pequena equipe de amigos para dar apoio aos vizinhos e moradores que residem na região do horto, do bairro São Paulo e da Volta Grande. A maior desolação foi ver, pela terceira vez na minha vida, a comunidade de Volta Grande totalmente tomada pelas águas. Foi imprescindível o trabalho dos voluntários, dos vizinhos, amigos e bombeiros. Nenhum registro de vítima.

O desordenamento das ações Ninguém estava preparado para o caos. No domingo, dia 23, estive na prefeitura, no corpo de bombeiros militar e nos locais que estavam abrigando os desalojados, o que se percebia era muita vontade dos voluntários e pouca organização. O quadro mais sombrio era o da prefeitura onde o secretário de obras José Roberto Vieira se desdobrava em atender telefonemas, mas sem equipamentos e nem pessoal para atender a demanda. Os veículos da secretaria de obras, em sua grande parte estavam "em manutenção", ou seja, fora de operação. Felizmente a desgraça não foi maior e tudo foi se encaminhando.

A solidariedade Imediatamente a solidariedade aflorou. As pessoas não atingidas foram às ruas socorrer, ajudar os amigos, resgatar móveis, arrecadar alimentos, roupas, colchões. As pessoas de boa vontade passaram a atuar como "soldados da vida" ajudando aos que foram diretamente atingidos.

Aprendizagem Navegantes precisa aprender. Não existe na cidade um trabalho coordenado de defesa civil. Isso pudemos constatar nesta tragédia, nas enchentes de 31 de janeiro, no vendaval de 2005. A população acaba tendo que se virar sozinha, correr atrás, reivindicar, brigar para conseguir o que é de direito. Desde 1983 foram mais de uma dezena de tragédias e a defesa civil só existe no papel. Que esta tragédia sirva de aprendizagem para o novo governo que assumirá os destinos do município em janeiro de 2009.

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