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quarta-feira, 31 de julho de 2013

PROGRAMA "MAUS MÉDICOS" - REPORTAGEM DO SBT

Leia abaixo post do blog Tijolaço sobre a reportagem e assista ao vídeo:
Fernando Brito - O repórter Fábio Brilhante, do SBT, e sua equipe montaram uma "campana" à porta da maternidade pública Leonor Mendes de Barros, na zona leste de São Paulo e mantida pelo Governo do Estado, durante alguns dias. E flagraram diversos médicos que entram, batem o ponto eletrônico e, menos de 15 minutos depois, embarcam em seus carros e vão embora.
A cena foi gravada em diversos dias, sempre da mesma forma. Abordados, os médicos gaguejaram desculpas como estarem indo tomar um café ou terem vindo ver um paciente.
Repetem, de maneira presencial, o caso dos dedos de silicone usados para bater o ponto em uma unidade de saúde em Conselheiro Ferraz.
Entende-se que, agindo dessa maneira, estes doutores sejam inimigos mortais de um programa de contratação de médicos para as periferias e municípios do interior. Assista:

Leia abaixo a transcrição do vídeo:
REPÓRTER FÁBIO DIAMANTE: Maternidade Leonor Mendes de Barros, zona leste de São Paulo. Um hospital público, considerado referência no atendimento à mulher. Meta de mil partos por ano, a menina dos olhos da saúde de São Paulo hoje é usada em uma vergonhosa fraude mantida por médicos.
ENTREVISTADA 1: "O pior de tudo isso é que é com conivência do diretor".
REPÓRTER FÁBIO DIAMANTE: A partir de agora você vai ver o dinheiro público indo para lata do lixo, ou para o bolso de quem não merece. Terça-feira, 16 de julho, pouco antes da 7h da manhã.
O médico chega para o trabalho, é Rogério Gondo, um endocrinologista. Ele entra e em 11 minutos sai. Dr. Rogério só bateu o ponto e foi embora. O controle é feito por este equipamento. O horário de entrada é registrado com a digital.
Dois dias depois, tudo igual, o médico para o carro no mesmo lugar, estacionar dentro do hospital pode não ser uma boa ideia, já que o segurança registra a entrada e a saída. Não é à toa que sobram vagas. A pé o doutor entra pela porta exclusiva dos funcionários.
ENTREVISTADO 1: "Entrada de funcionários, a pé, é por aqui".
REPÓRTER FÁBIO DIAMANTE: De novo ele sai rapidinho, sem atender nenhum paciente. Olha só, pelo terceiro dia o médico está chegando aqui, ele parou o carro na rua. Dia de chuva. Vai passar aqui por mim. Ele está até com o crachá no peito, vai lá bater o ponto, pra ir embora rapidinho. Olha, menos de dez minutos depois ele já está saindo. Dinheirinho fácil esse, né? Ele vai pegar o carro, e vai embora.
Outros colegas repetem o péssimo exemplo. Este é o cirurgião geral da maternidade, Luís Henrique Nucci. Pouco antes das 7 horas da manhã ele chega, de jaleco. Ele também para o carro na rua. Em seguida é a vez do cirurgião plástico Roberto Luiz Sodré. Pouco mais de cinco minutos os dois saem, juntos, os doutores bateram o ponto para conversar na calçada, do lado de fora. O papo é longo, dura quase dez minutos, em seguida eles vão embora, cada um no seu carro.
Uma semana depois, olha o cirurgião plástico chegando de novo, terça-feira, 23 de julho. São exatamente 7h14 da manhã, o médico acabou de entrar. A gente vai ver exatamente quanto tempo ele demora para sair agora. Vamos marcar no relógio. Sete e quarenta da manhã. Quer dizer, 26 minutos de trabalho, foi o que o médico perdeu de tempo aqui no hospital público. Agora, ele vai pegar o carro dele, tranquilo, vai trabalhar em outro lugar...
E muitos outros fazem igual: chegam e logo vão embora. O absurdo chegou a tal ponto que um documento foi afixado nas paredes de diversos setores para relembrar que o médico tem que trabalhar. Olha só, o texto ressalta a importância da permanência após o registro da presença e completa: em caso de ausência, o ponto deverá ser cancelado e o dia considerado como falta.
Mas o aviso não adianta. Essas imagens se repetem quase todos os dias. E eles, os doutores, o que dizem? Esperamos pelos médicos na porta do hospital. Primeiro, Dr. Rogério entrou, saiu e deu de cara com a gente. Dr. Rogério, tudo bem? Bom dia! Posso dar uma palavrinha com o senhor?
ENDOCRINOLOGISTA/ROGÉRIO CONDO: Não, não. Estou meio atrasado.
REPÓRTER FÁBIO DIAMANTE: O senhor já está indo embora do hospital?
ENDOCRINOLOGISTA/ROGÉRIO GONDO: Estou. Eu tenho que fazer as minhas coisas. Desculpa.
REPÓRTER FÁBIO DIAMANTE: O senhor acabou de chegar, não foi isso?
ENDOCRINOLOGISTA/ROGÉRIO CONDO: Não, não. Eu só vim ver um paciente e estou indo.
REPÓRTER FÁBIO DIAMANTE: Há algumas semanas, a gente tem vindo aqui e temos visto o senhor entrar e sair rapidamente.
ENDOCRINOLOGISTA/ROGÉRIO CONDO: Não, não, não. Desculpa. Eu só vou pegar... Vim ver um paciente no hospital e vou embora.
REPÓRTER FÁBIO DIAMANTE: Depois, o cirurgião geral Luís Henrique. Hoje, ele não ficou nem cinco minutos no hospital. O senhor trabalha aqui no Leonor?
CIRURGIÃO-GERAL/LUÍS HENRIQUE NUCCI: É, estou saindo do hospital.
REPÓRTER FÁBIO DIAMANTE: O senhor vem, bate o ponto, está recebendo por isso e vai embora?
CIRURGIÃO-GERAL/LUÍS HENRIQUE NUCCI: Na verdade, não é questão de estar recebendo, você tem que cumprir 20 horas semanais.
REPÓRTER FÁBIO DIAMANTE: E o senhor cumpre 20 horas semanais?
CIRURGIÃO-GERAL/LUÍS HENRIQUE NUCCI: Na verdade, eu cumpro muito mais do que 20 horas semanais, porque eu estou sempre à disposição do hospital. Eu não acho justo você ficar aqui dentro parado 12 horas, 10 horas, sem atividades.
REPÓRTER FÁBIO DIAMANTE: Para encerrar, o cirurgião plástico Roberto Sodré. Doutor, posso dar uma palavrinha com o senhor? O senhor é o Dr. Roberto, não é?
CIRURGIÃO-PLÁSTICO/ROBERTO SODRÉ: Sou.
REPÓRTER FÁBIO DIAMANTE: O senhor bateu o ponto e já está indo embora?
CIRURGIÃO-PLÁSTICO/ROBERTO SODRÉ: Eu estava indo, na verdade, tomar um café aqui, na esquina. Estava indo tomar um cafezinho aqui no...
REPÓRTER FÁBIO DIAMANTE: O senhor vai tomar café e vai voltar para o trabalho?
CIRURGIÃO-PLÁSTICO/ROBERTO SODRÉ: Posso voltar.
REPÓRTER FÁBIO DIAMANTE: Ou pode não voltar?
CIRURGIÃO-PLÁSTICO/ROBERTO SODRÉ: Exato. Posso voltar agora, não tem problema.
REPÓRTER FÁBIO DIAMANTE: O senhor está voltando porque eu estou perguntando ou o senhor voltaria?
CIRURGIÃO-PLÁSTICO/ROBERTO SODRÉ: Oi?
REPÓRTER FÁBIO DIAMANTE: Acha correto o senhor bater o ponto e ir embora? Receber sem estar trabalhando aqui? Cumprindo a sua carga horária?
CIRURGIÃO-PLÁSTICO/ROBERTO SODRÉ: Na verdade, a gente cumpre a carga horária.
REPÓRTER FÁBIO DIAMANTE: Que horas? Porque o senhor vai embora.
CIRURGIÃO-PLÁSTICO/ROBERTO SODRÉ: Não, mas veja bem: quando a gente não tem mais o atendimento, não sei porque ficar também. Veja bem...
REPÓRTER FÁBIO DIAMANTE: Procurado, o governo de São Paulo disse que vai investigar.
PRESIDENTE DA CORREGEDORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO/GUSTAVO UNGARO: O governador Geraldo Alckmin já determinou que a Corregedoria Geral da Administração apure esta situação para imediatamente instaurar um processo correcional, que poderá resultar na demissão a bem do serviço público de quem esteja fraudando o seu dever para com a população.

Câmara de Navegantes: LICITAÇÃO ANULADA. MOTIVO: SERIA FRAUDE ?

As investigações provocadas pelo Ministério Público Estadual, em processos licitatórios da Câmara de Vereadores de Navegantes têm um novo capítulo. O presidente do Legislativo Juliano de Maria (PSDB) anunciou que estaria anulando a compra de equipamentos eletrônicos. Segundo ele mesmo informou a imprensa havia apenas um erro apontado por “um especialista”.
Convenhamos: UM ERRO APENAS não gera uma investigação de fraude; outro fator: quem seria esse especialista ?
A conturbada gestão do pupilo tucano Juliano de Maria agora esta maculada por indícios de corrupção.
Por que anular a compra dos equipamentos se não há irregularidades, como ele informa ?
Desde o início da gestão anunciou austeridade, transparência, honestidade. Mas, tem ocorrido o contrário. Só para informar o leitor, o processo licitatório investigado não foi assinado pelo procurador jurídico (que foi quem denunciou a questão) e nem pelo presidente da comissão de licitações. Mas, como então essa licitação aconteceu¿ É mais um mistério. Além disso, documentos comprometedores virão a tona nos próximos dias.
Os NOVE vereadores na berlinda
Não são apenas os dois vereadores da oposição (Fredolino Bento-PMDB e Murilo Cordeiro-PT) que devem se movimentar. É obrigação, primeiro dos vereadores que compõe a mesa diretora, pois eles podem responder solidariamente a um processo de improbidade, pois atos de compra são ATOS DA MESA DIRETORA. Além dos integrantes da mesa, os demais vereadores da situação precisam exigir e realizar uma investigação séria e profunda, caso contrário cairão no descrédito total da população.

Não será a primeira vez que o tucano Juliano de Maria (PSDB) ocupa as páginas policiais. Durante sua gestão frente a secretaria de saúde, foi flagrado um caminhão colocando no lixo milhares de caixas de medicamentos. Na época houve uma tentativa de CPI que os vereadores governistas evitaram. Que desta vez, os senhores representantes do povo, não se omitam e façam a sua parte.

PRESIDENTE DA CÂMARA DE VEREADORES DE NAVEGANTES ANULA LICITAÇÃO E OPOSIÇÃO QUER CPI

MATÉRIA PUBLICADA NO DIARINHO ON LINE DESTA QUARTA-FEIRA, DIA 31 DE JULHO

MP vai pedir informações sobre denúncias de fraude e superfaturamento

O clima tá quente na câmara de Vereadores de Navegantes, depois de matéria apurada pelo DIARINHO há duas semanas, e a coisa pode ficar feia pro tucano Juliano Nildo de Maria, presidente do legislativo dengo-dengo. Na sessão da próxima segunda-feira, os dois vereadores da oposição, Lino Bento (PMDB) e Murilo Cordeiro (PT), vão pedir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) pra apurar denúncias de irregularidades em licitações da câmara. Bento conta que tem documentos que comprovam fraude e superfaturamento na compra de equipamentos eletrônicos, notebooks e software para a casa do povo. “Contamos com mais duas assinaturas de colegas porque precisamos de um terço dos vereadores pra instaurar essa CPI e mostrar pra população que não temos nada a esconder”, diz o peemedebista.
O bafafá ganhou repercussão quando o ex-procurador da câmara, Ernesto Ferraz Rodrigues, deixou o cargo alegando que a presidência estaria cometendo uma série de falcatruas em processos licitatórios para compra de equipamentos eletrônicos e otras cositas más. A compra de equipamentos não teria parecer do jurídico e nem da comissão de licitações.
A 3ª Promotoria de Justiça de Navegantes, a pedido do promotor César Augusto Engel, já solicitou informações sobre o caso e a polícia Civil iniciou investigações. Segundo a assessoria do MP, o pedido de explicações já foi formalizado e a câmara terá 15 dias pra apresentar os documentos e as informações sobre o processo licitatório.
Lino diz que teve acesso a documentos através do ex-procurador da câmara e garante que existe ilegalidade no processo. “A leitura que eu tenho nesse momento é que o presidente instalou um procedimento fraudulento nas licitações. Ele diz que houve erro, mas já foi secretário de Administração por mais de um ano, secretário de Educação, e conhece muito bem os procedimentos burocráticos”, carca o vereador.
Licitações foram canceladas
Juliano de Maria diz que anulou as licitações e que os equipamentos adquiridos serão devolvidos pra empresa que os vendeu. O presidente conta que contratou um especialista pra analisar os processos licitatórios e o sabichão teria constatado apenas um erro no cumprimento dos prazos.
Pra conter o bafafá, o tucano anulou o procedimento licitatório e instaurou um processo administrativo pra descobrir se houve má fé de alguém dentro do legislativo. “Tomei todas as providências pra que haja transparência. Agora o vereador Lino quer se aproveitar disso politicamente, porque eu fiz reunião com todos os vereadores sobre essa situação e creio que tudo tinha ficado muito claro”, carca o mandachuva.
Juliano cita matéria publicada há algumas semanas pelo DIARINHO, quando o peemedebista disse que se fosse presidente da câmara faria a mesma coisa, se referindo a informatizar o legislativo. “Agora ele vem dizer que estou cometendo irregularidades?”, contesta o tucano.
Apoio pestista
O petista Murilo Cordeiro também espera o apoio dos colegas na próxima semana, embora oito dos 10 vereadores façam parte da bancada da situação na câmara dengo-dengosa. Ele diz contar com o bom-senso dos colegas e que a CPI seria uma maneira de deixar tudo às claras. “Quem não deve não teme, mas se houve má fé, fica complicado e quem cometeu o erro tem que pagar por ele”, declara Murilo.
Segundo o edil, a situação tem gerado muito constrangimento no legislativo. “Não gosto de julgamentos antecipados, mas temos que investigar”, diz.

Uma história que você ainda não leu

Uma história em quadrinhos que as grandes redes de TV, a revista Veja, o jornal Folha de São Paulo e Estadão, nem mesmo os veiculos da RBS não mostraram.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Conheça o IDH das cidades da região da Foz do Itajaí


O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil cresceu 47,5% entre 1991 e 2010, segundo o "Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013", divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

A classificação do IDHM geral do Brasil mudou de "muito baixo" (0,493), em 1991 para "alto desenvolvimento humano" (0,727), em 2010. Em 2000, o IDHM geral do Brasil era 0,612, considerado "médio".

O IDHM é um índice composto por três indicadores de desenvolvimento humano: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda).

O IDHM do país não é a média municipal do índice, mas é um cálculo feito a partir das informações do conjunto da população brasileiras em relação aos três indicadores. O IDH municipal também tem critérios diferentes do IDH global, que o Pnud divulga anualemente e que compara o desenvolvimento humano entre países.

Entre os três indicadores que compõem o IDHM, o que mais contribuiu para a pontuação geral do Brasil em 2013 foi o de longevidade, com 0,816 (classificação "desenvolvimento muito alto", seguido por renda (0,739; "alto") e por educação (0,637; "médio").

Apesar de educação ter o índice mais baixo dos três, foi o indicador que mais cresceu nos últimos 20 anos: de 0,279 para 0,637. Segundo o Pnud, esse avanço é motivado por uma maior frequência de jovens na escola (2,5 vezes mais que em 1991).

Conheça o IDH das cidades que compõe a AMFRI - Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí
Cidade
IDH
LONGEV.
RENDA
EDUCAÇÃO
Camboriú
0,726
0,866
0,736
0,600
Navegantes
0,736
0,873
0,731
0,624
Luís Alves
0,737
0,870
0,766
0,600
Ilhota
0,738
0,883
0,750
0,607
Penha
0,743
0,867
0,739
0,640
Baln. Piçarras
0,756
0,869
0,745
0,668
Porto Belo
0,760
0,886
0,750
0,650
Bombinhas
0,781
0,864
0,753
0,732
Itajaí
0,785
0,884
0,778
0,730
Itapema
0,796
0,881
0,788
0,727
Baln. Camboriu
0,845
0,894
0,854
0,789

sábado, 27 de julho de 2013

Tentativa de Manipulação da População fracassou: TERROR MIDIÁTICO NAUFRAGA DIANTE DA REALIDADE

247 – Um a um, todos os principais programas lançados pela presidente Dilma Rousseff foram dinamitados, desde logo e sem piedade, pela imprensa tradicional. A vida real, no entanto, mostrou, com o tempo, que todas, repita-se, to-das as sinistras previsões multiplicadas pela mídia não pagaram as apostas. Em outras palavras, o escrito não valeu. Acompanhe:
INFLAÇÃO DISPARADA - O terrorismo midiático com forte viés ideológico previu, no início do ano, uma disparada sem freios da inflação, com uma capa da revista Veja, em janeiro, mostrando Dilma, em montagem grosseira, pisando no tomate. Na Rede Globo, Ana Maria Braga, quem não se lembra?, exibiu um colar em que os legumes vermelhos faziam as vezes de pérolas. Em junho, no entanto, a variação do Índice de Preços aos Consumidor (IPC) foi de ínfimos 0,07% e, para julho, todas as previsões convergem para uma deflação. Até o presidenciável José Serra, em teleconferência esta semana, admitiu que o índice inflacionário fechará o ano dentro da meta prevista pelo BC. O assunto, assim, saiu da pauta.
APAGÃO ENERGÉTICO - Antes da aposta na alta dos preços, não houve noticiário de jornal ou colunista que não tivesse cravado, na virada do ano, um iminente apagão de energia elétrica no País. Nesse campo, a ênfase mais especial partiu no jornal Folha de S. Paulo e sua articulista Eliane Cantanhêde. As defesas feitas pela presidente em pessoa e o ministro Edson Lobão, das Minas e Energia, foram ironizadas e desprezadas.
LUZ MAIS CARA - O propalado colapso no sistema de energia, porém, não se deu, e o Brasil continuou com suas luzes acesas, apesar do obscurantismo da mídia tradicional. Mais ainda, o igualmente combatido plano federal de barateamento das contas de luz para todos os consumidores do País, indiscriminadamente, por meio de subsídios oficiais, deu certo – e, hoje, o que se paga pela energia é mais de 10% menos do que o custo no início do ano.
FRACASSO DO ENEM - A aposta pelo caos energético foi sucedida, este ano, pela cravada geral na imprensa de que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seria um retumbante fracasso. Desta feita, foi o jornal O Estado de S. Paulo quem mais aplicadamente bateu o bumbo da derrota governamental. O que se viu quando foram contadas oficialmente as inscrições do Enem de 2013, entretanto, foi um recorde espetacular, com mais de 7,8 milhões de adesões espontâneas da classe estudantil. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, outro que não encontrava repercussão para suas previsões de sucesso, acertara em cheio.
BOLSA-FAMÍLIA INÚTIL - Hoje um sucesso mundial, exportado para diferentes países, o Bolsa-Família, dinamizado no atual governo, que o levou para mais de 10 milhões de lares no País, foi ironizado, escrachado e combatido de todas as formas. O fato, gostem os barões da mídia ou não, é que ele sobreviveu, proliferou e modernizou-se com o passar dos anos, tornando-se o ponto de alavancagem para que 40 milhões de brasileiros, nos últimos anos, superassem sua situação de pobreza extrema.
MAIS MÉDICOS DERROTADO - Nesta sexta-feira 26, quando o programa Mais Médicos, que visa situar profissionais de Medicina nos rincões do Brasil, com salários de até R$ 10 mil para os que aceitarem o desafio, encerrou suas inscrições, mais do mesmo. Atacado por todos os flancos, o Mais Médicos obteve 18,4 mil inscrições de interessados em participar, além da adesão de mais de 3,5 mil municípios, ou 63% do total das cidades brasileiras. Um sucesso que a mídia tradicional, outra vez, não apenas não soube adiantar ao público, como o colocou no rumo errado de que, assim como os já citados anteriormente aqui, não haveria chance de dar certo. O problema, sobre esse noticiário, é que a primeira etapa do programa superou, sim, até as previsões mais otimistas – e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, pode respirar aliviado.
DESEMPREGO GALOPANTE - Para usar a expressão repetida pelo papa Francisco, a mídia tradicional, agora, "bota fé" na escalada de desemprego, depois que os dados de junho mostraram, pela primeira vez desde 2009, uma interrupção no crescimento do mercado de trabalho. O ministro Guido Mantega, da Fazenda, que, de resto, já foi retirado de seu cargo diversas vezes no noticiário recente, não apenas está lá, como garantindo que o derrotismo espalhado pelos jornais não irá triunfar. Ele assegurou que todos os indicadores do governo apontam para a manutenção da taxa de desemprego em torno do nível atual de 6% até o final do ano – e, como das vezes anteriores, suas palavras são questionadas fortemente, como se, ao mesmo desta vez, e num ponto estratégico para o governo, a mídia queria receber o prêmio de sua aposta.
ESTÁDIOS PARA 2038 - Num cúmulo de erro matemático, só explicado pela distorção ideológica produtora de parcialidade, a revista Veja, carro-chefe da Editora Abril, chegou a assegurar em uma de suas capas de 2012 que os novos estádios de futebol planejados para a Copa do Mundo só ficariam prontos, isso mesmo, em 2038! Hoje, à parte a discussão sobre custos e fiscalização no emprego de recursos, o que se sabe, a olhos vistos, é que todos os estádios prometidos, sem exceção, ou já estão prontos, e em pleno funcionamento, ou em vias de serem entregues. Um dos antecessores do papa Francisco já admitiu que nem mais os papas são infalíveis, mas Veja, apesar de todos os seus erros mal intencionados, continua vendendo a sua infalibilidade. Mas quem acredita ainda nisso?
HINO NACIONAL DE COSTAS - O jogo de 'quanto pior, melhor' praticado pela imprensa, que no passado tinha a imparcialidade como um de seus dogmas, levou a mídia a vender ao público a certeza de que o público que lotou a Arena Fonte Nova, na Bahia, para ver a estréia do Brasil contra o Japão, na Copa das Confederações, em junho, iria cantar o Hino Nacional de costas para o campo. O que houve na real, no entanto, foram mais de 40 mil pessoas emocionando os jogadores em campo com suas vozes a plenos pulmões, mão no peito, respeitando o símbolo nacional em todos os seus versos. De frente e com a cabeça erguida. De quebra, a desacreditada, pela mesma mídia, Seleção Brasileira de Futebol, venceu de forma invicta e espetacular o torneio – levando dezenas de jornalistas-torcedores a rasgarem suas inúteis apostas na derrota.
ACREDITE SE QUISER - Jogando em previsões sinistras e, ao não vê-las se realizarem, perdendo verticalmente em credibilidade, a mídia tradicional, nos dois últimos anos, está muito mais confundindo os leitores do que informando-os sobre o que, de fato, está acontecendo. Fosse de outra forma, os casos registrados acima não poderia ser narrados. Mas podem, porque verdadeiros.
Uma previsão séria, diante desse quadro passado, é a de que, sem a menor dúvida, a mídia que insistir na leitura da realidade pelo caleidoscópio da ideologia irá continuar, cada vez mais, confundindo e desinformando. Acredita quem quiser no que lá está escrito.
Texto na integra do site www.brasil247.com

terça-feira, 23 de julho de 2013

A manipulação da informação: assim que se faz

Eis como se manipulam as notícias no Brasil, principalmente quando a grande mídia tem seu lado político-partidáriao. Leia a notícia abaixo do Uol e preste atenção nos textos em negrito.

Brasil abre 826 mil vagas com carteira no semestre, pior resultado desde 2009

Do UOL, em São Paulo
Apesar de ter acelerado o passo em junho, o Brasil encerrou o primeiro semestre deste ano com a pior geração de empregos com carteira assinada nestes períodos desde 2009, auge da crise internacional, deixando ainda mais evidente o momento delicado da economia.
Entre janeiro e junho passados, foram abertas 826.168 vagas com carteira assinada no país, o mais baixo desempenho para o primeiro semestre desde 2009, quando foram criados 510.984 postos, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta terça-feira (23).
Só no mês passado, foram abertas 123.836 vagas com carteira assinada, quase 72% a mais do que o volume visto em maio, de 72.028 empregos. O resultado do mês passado também foi melhor do que o visto um ano antes, de 120.440 postos, nos dados sem ajustes --ou seja, sem considerar os dados enviados pelas empresas fora do prazo.

Mercado de trabalho dá sinais de cansaço

Um dos principais responsáveis pela sustentação da economia, o mercado de trabalho brasileiro tem dado sinais de cansaço, afetado pelo mau desempenho da atividade, que ainda não conseguiu mostrar recuperação sólida.
Em maio, no último dado disponível, a taxa de desemprego mostrou resistência ao se manter em 5,8%, marcando o quinto mês sem queda, ao mesmo tempo em que o rendimento da população recuou pelo terceiro mês seguido. 
No lado da atividade, o governo piorou a previsão de crescimento para este ano a 3%, ante 3,5%, mas o próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, já admitiu que a expansão poderá ficar entre 2,5 e 3%.

Novas vagas em junho

O resultado de junho neste ano é 2,82% superior ao do mesmo mês do ano passado, quando foram gerados 120.440 empregos com carteira assinada, na série sem ajuste sazonal, 
O resultado de junho deste ano é o melhor para o mês desde 2011, quando 215.393 postos de trabalho foram abertos, de acordo com a série histórica do Ministério do Trabalho.
Em junho, foram registradas 1.772.194 contratações e 1.648.358 demissões --o que resultou no saldo do mês. Nos últimos 12 meses, o Brasil criou 1.016.432 empregos formais, pela série com ajuste, que considera as informações enviadas após o prazo.
(Com Reuters e Valor)

Convite: Audiência Pública sobre acessibilidade e mobilidade urbana

Nesta audiência, quem tem compromisso com a cidade não pode faltar.

domingo, 21 de julho de 2013

SE O BRASIL ESTIVESSE EM CRISE, A SUA VIDA JÁ TERIA PIORADO

Eduardo Guimarães
EDUARDO GUIMARÃES
As ruas estão cada vez mais entupidas de carro. As residências mais humildes, hoje, estão sendo reformadas. E, hoje, só não encontra emprego quem não quer trabalhar
* Originalmente publicado no Blog da Cidadania
Quem melhor definiu a atual conjuntura política do país foi, de forma surpreendentemente, o correspondente do diário espanhol El País no Brasil, Juan Arias, em meados do mês passado. Antes de abordar o que ele disse, vale explicar que a opinião desse jornalista chega a surpreender porque há anos ele vem sendo um dos grandes críticos dos governos Lula e Dilma.
Abaixo, alguns trechos do artigo de Arias em questão, publicado no diário espanhol.
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” (…) Por enquanto, o que existe é um consenso de que o Brasil, invejado internacionalmente até agora, vive uma espécie de esquizofrenia ou paradoxo que ainda deve ser analisado ou explicado.
(…)
Agora surge um movimento de protesto quando, ao longo dos últimos dez anos, o Brasil viveu como que anestesiado por seu êxito compartilhado e aplaudido mundialmente.
(…)
O Brasil está pior do que há dez anos? Não, está melhor. Está mais rico, tem menos pobres e testemunha o crescimento do seu número de milionários. É mais democrático e menos desigual.
(…)
Por que então saem às ruas para protestar contra a alta dos preços dos transportes públicos jovens que normalmente não usam esses meios porque já têm carros, algo impensável há dez anos?
(…)
Por que protestam estudantes de famílias que até pouco tempo não tinham sonhado em ver seus filhos pisarem na universidade? (…)”
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Quando se analisa a situação do país até ao menos o mês de maio, ganha sentido o uso do termo “esquizofrenia” pelo jornalista espanhol, de forma a caracterizar o sentimento que se formou entre grande parte dos brasileiros.
As pessoas parecem acreditar que as suas vidas estão piorando, daí as manifestações de insatisfação, ainda que restritas a um setor minoritário da sociedade, a classe média. Contudo, o mero olhar para indicadores sobre os setores que mais afetam a vida do cidadão comum mostra que o país vem melhorando, sim, e muito.
Vejamos os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE sobre o índice de desemprego no país de 2002 (quando foi adotada a atual metodologia de mensuração do problema) até hoje.
O gráfico abaixo foi extraído do site do IBGE e mostra que em um mundo em que a falta de postos de trabalho se tornou uma epidemia, no nosso país o nível de emprego caminha no sentido inverso, com geração de cada vez mais postos de trabalho e de salários mais altos.















Alguns dizem que a inflação teria parte da responsabilidade pelo aumento da insatisfação com o país. Contudo, ao analisarmos um dos indicadores mais usados para mensurar o impacto dos preços sobre a vida das pessoas, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), percebe-se que tampouco o aumento de preços chegou a um nível que possa explicar alguma coisa.
Abaixo, os índices anuais do IPCA entre 1998 a 2012 e os dos meses de 2013.
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Quadro inflacionário medido pelo IPCA cheio, no período 1998-2013:
1998 = 1,95%
1999 = 9,52%
2000 = 6,59%
2001 = 8,23%
2002 = 12,53%
2003 = 9,3%
2004 = 7,6%
2005 = 5,69%
2006 = 3,14%
2007 = 4,46%
2008 = 5,90%
2009 = 4,31%
2010 = 5,91%
2011 = 6,5%
2012 = 5,84%
2013 = 3,15% no ano e acumulado em 12 meses (entre janeiro e junho deste ano) é de 6,7%.
Fonte IBGE
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Como se vê, não há nenhum estouro da inflação. O nível de inflação atual permanece no patamar histórico. Contudo, o que se vê na mídia sobre o assunto induz à crença de que estaríamos à beira de uma crise de hiperinflação.
Em relação aos salários, o valor deles nunca foi tão alto. Abaixo, dados da última PME do IBGE, que mostra que, em relação a 2012, os salários continuam crescendo.
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Pessoas Ocupadas                     (abril 2012) 1.949,81   -       (maio 2013) 2.010,69
Empregados no Setor Privado (abril 2012) 1.749,34   -    (maio 2013) 1.841,51
Empregados no Setor Público  (abril 2012) 2.701,27   -    (maio 2013) 2.572,53
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O que mais impressiona é que, em 2002, o salário médio do trabalhador teve declínio de 8,3% em relação a 2001, passando a corresponder a R$ 889, valor 28,3% menor do que o registrado em 1997.
Ou seja: o Brasil de 2013 é um país infinitamente melhor do que o de 2003, quando o PT chegou ao poder.
E além dos ganhos para todos, relatório sobre as cidades latino-americanas feito pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), divulgado no ano passado, mostrou que o Brasil diminuiu a desigualdade social como nenhum outro país ao longo da última década.
Nos anos 1990, o Brasil era o mais desigual na região. Nesta década, foi o país que mais reduziu a desigualdade enquanto em outros países ela cresceu.
Nos últimos anos, a renda dos brasileiros mais pobres cresceu 70% e a dos mais ricos, cerca de 10%. E esses 10% mais pobres tiveram a renda aumentada justamente por causa do trabalho, ou seja, dos novos empregos que estão sendo gerados. E pelos aumentos reais do salário mínimo, claro.
A despeito de tudo isso, o grupo político que promoveu melhora tão expressiva na vida deste povo se encontra diante de um paradoxo que, usando o adequado termo do corresponde do jornal espanhol supracitado, pode ser considerado “esquizofrênico”.
Uma parcela imensa do povo brasileiro está sendo enganada tanto por grandes meios de comunicação quanto por partidos políticos de oposição. As pessoas acham que o país está “indo mal” apesar de estar acontecendo justamente o oposto.
Pesquisa recente do instituto MDA, feita para a Confederação Nacional dos Transportes, mostra que 84% dos brasileiros aprovam protestos de rua que desembocaram em uma imensa queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff.
Essa grande maioria dos brasileiros, que até dois ou três meses atrás dava enorme apoio ao grupo político que fez o país melhorar tanto, de repente passou a achar que vive em um país à beira da ruína.
Tudo isso decorre de um artificialismo que, conforme entrevista de Marcos Coimbra (sociólogo e diretor do instituto Vox Populi) concedida a este Blog na última quinta-feira e conforme a mesma pesquisa MDA citada acima, implantou na cabeça das pessoas uma sensação de mal-estar.
Ora, como o país pode estar indo bem se vemos cenas de guerra como as que vimos recentemente na zona Sul do Rio de Janeiro? São cenas que só se explicam por um grave descontentamento social que só poderia decorrer de o país, de fato, estar “indo mal”. É isso que o povo pensa.
Contudo, você, leitor, tem visto muita gente reclamando de ter perdido o emprego ou de seu salário não estar comprando mais o que comprava antes? A sua própria vida piorou? Muito pelo contrário. O Brasil vive uma febre de consumo porque as pessoas têm dinheiro no bolso.
As ruas estão cada vez mais entupidas de carros zero quilômetro. As residências mais humildes, hoje, estão sendo reformadas e entupidas de bens de consumo como televisões, computadores, novos móveis etc. E, hoje, só não encontra emprego quem não quer trabalhar.
O que é preciso, portanto, é fazer os brasileiros refletirem que quando um país vai mal a vida das pessoas piora. Entretanto, quem pode dizer que sua vida tem piorado? Só o que tem piorado é a percepção sobre o futuro.
Essa percepção se fundamenta, basicamente, na informação. As pessoas vêm sendo bombardeadas pelos meios de comunicação de massa com cenas de guerra e previsões catastrofistas e, juntando umas e outras, construíram essa percepção pessimista.
Urge, portanto, que seja levada a cabo uma campanha de comunicação governamental que faça os brasileiros refletirem sobre a realidade. O povo brasileiro foi posto em pânico por ação de concessões públicas de rádio e televisão que estão sendo usadas com fins políticos.
É mais simples do que parece desmontar a campanha insidiosa que foi construída na mídia e nas ruas para apavorar a sociedade. Há fartura de dados que comprovam que o país vai bem. Mas se uma campanha em sentido contrário não for feita, o brasileiro, ano que vem, irá votar por mudança daquilo que, como se vê neste texto, está dando muito certo.
Fica a dica.