Lula vai para o livro dos recordes, com direito a ocupar vários ítens. Um retirante nordestino deixa o poder com o Brasil vivendo uma situação privilegiada. Lula com índices de popularidade insuperáveis e seu governo terminando com índices inéditos em todos os setores da economia. A inclusão social é uma realidade incontestável que impulsiona a economia. A imagem do Brasil no exterior subiu como nunca, salvo os deslizes causados pelas relações com ditadores.
O balanço sobre a atuação em Santa Catarina também é favorável. Em primeiro lugar, nunca se omitiu nas calamidades. Prontamente marcou presença, autorizou verbas federais e mobilizou órgãos públicos.
Destaque para a área educacional. Criou a Universidade da Fronteira e autorizou a instalação de “campi” da Universidade Federal de Santa Catarina. Os Cefets se espalharam pelo Estado, triplicando as matrículas do ensino profissional, vital para a qualificação da mão de obra. O Pro-Uni ajudou a democratizar as oportunidades.
A infra-estrutura não recebeu o impulso merecido e desejado pelos catarinenses. Mas houve investimentos nos portos de Itajaí, São Francisco, Laguna e Imbituba. O setor elétrico teve especial atenção. A sub-estação da Celesc em Joinville evitou uma grave crise nas indústrias. A linha de transmissão submarina da Ilha vai garantir segurança à distribuição de energia na Capital. A agricultura familiar nunca teve tanto crédito. A compra de equipamentos agrícolas foi incrementada. A habitação popular ganhou impulso. A construção civil beneficiou-se nas duas pontas: no fornecimento de insumos pela indústria e na compra da casa própria. Recursos beneficiaram o saneamento básico, ciência e tecnologia e até a segurança pública.
Herança
Principal interlocutora de Lula em Santa Catarina, a senadora Ideli Salvati destaca o empenho do presidente em relação a obras estratégicas, citando as rodovias, os portos e, sobretudo, a educação. “Um escândalo que outros governos não tenham priorizado ao ensino profissionalizante como Lula”. E lembra que a economia catarinense foi a maior beneficiária dos altos índices de crescimento, da elevação do nível de renda e da geração de empregos. A Fiesc tem divulgado números que impressionam, a comprovar o cenário extremamente positivo. O presidente Alcântaro Correa revelou na última entrevista ao ano que os empresários procuravam mão de obra qualificada com vela acesa no início do ano. Nos últimos meses já contratavam até trabalhadores sem qualificação. Há oferta de mão de obra em diferentes áreas, do ajudante de pedreiro, aos engenheiros mais especializados. O agro-negócio do oeste vive uma fase áurea de crescimento. O comércio catarinense realizou o natal dos sonhos. O movimento nos shoppings e nas lojas do Estado bateu todos os recordes.
O governo Lula deixa como principal herança para Dilma Rousseff a conclusão da duplicação sul da BR-101, a grande promessa que não cumpriu em relação aos catarinenses.Mas também as duplicações da BR-470, no Vale do Itajaí; da BR-280, no Planalto Norte; e da BR-282 na região de Chapecó.
Ficam para serem executados dois projetos vitais para a economia: a Ferrovia Litorânea, entre Imbituba e São Francisco, e a Ferrovia Leste Oeste, entre Itajaí e São Miguel d’Oeste.
Como liderança popular, como condutor da política econômica e, especialmente, como comunicador, Lula já é o maior fenômeno político da história.
O Texto foi publicado no Blog do Moacir Pereira no dia 30/12/2010