Nossa cidade de Navegantes Celebra 50 anos de Emancipação Política. Passo a reproduzir fatos da nossa história em comemoração ao jubileu de ouro que precisamos festejar. Neste post vamos conhecer um pouco da história que antecede a emancipação política.
A história registra que já em
1700, junto a margem norte do rio Itajaí-Açú, nas imediações de sua foz, no
oceano e ao longo das praias que se estendiam do Ribeirão Gravata para o sul
residiam mais de 40 famílias de pescadores e agricultores. O primeiro morador
de NAVEGANTES, segundo os historiadores, foi o Sr. João Dias D'Arzão, que veio
de São Francisco do Sul para se estabelecer na foz do rio Itajaí-Açú, frente a
confluência do Itajaí-Mirim, no lugar que antigamente chamava-se Fundadouro,
atualmente, onde está o ancoradouro para o serviço de balsa.
Em 1715,
Manuel Gonçalves de Aguiar, percorrendo as costas catarinenses, a fim de fazer
um levantamento, para a fundação de novas povoações, refere-se a João Dias
D'Arzao como já tendo abandonado as suas terras em virtude da pobreza da região
em metais preciosos.
Em 1796,
o demarcador da Real Fazenda Portuguesa, José Ferreira de Mendonça, procedeu a
medição de uma sesmaria, requerida por Manuel da Costa Fraga e localizada na
praia, onde hoje se situa o Aeroporto de Navegantes. No mapa, então levantado
por esse agrimensor, verifica-se que a fazenda de D'Arzao, ficava exatamente
onde foi descrito acima. E prova mais esse mapa, que alem dos Arzões, moravam
naquela época outras famílias, bem antes da ocupação da atual cidade de Itajaí.
Antônia Ferreira (que deveria ter sido moradora de grande prestigio, pois, vem
citada em muitos documentos da época), José da Silva Cascaes, João Machado
Fagundes, Coelho da Rocha, parente da primeira citada e muitos outros, famílias
estas, que ate hoje tem aqui seus descendentes.
Em 23 de janeiro
de 1896, a "Camara Episcopal de Corytiba" concedia "licença para
que se possa construir uma capela sob a invocação de Nossa Senhora dos
Navegantes, de São Sebastião e de Santo Amaro". O Padre Antônio Eising,
então Vigário da Paróquia de Itajaí foi quem fez a solicitação.Já em 02 de fevereiro de 1898 é inaugurada a Capela de Nossa Senhora dos Navegantes.
Foi em 16
de Setembro de 1906, que os moradores fizeram seus primeiros movimentos, com
abaixo assinados, para que a municipalidade desse um nome exato ao arraial, que
ate então, chamava-se "outro lado" ou "povoado de Santo
Amaro". Fato que permaneceu ate o ano de 1912. Quando o Conselho Municipal
discutia um nome ao "arraial", o capitão Henrique Boiteaux, em carta
ao jornal da época "Novidades", sugeriu o nome de Alvinópolis. Para
relembrar os serviços prestados por Miguel Alvim à Santa Catarina. Mas como o
arraial era habitado em sua maioria por navegadores, e tinha como padroeira a
Nossa Senhora dos Navegantes, o Conselho Municipal deu o nome oficial ao
arraial de "NAVEGANTES", em 17 de Dezembro de 1912.
Em 1928, no dia 12 de Outubro foi feita a
instalação da luz elétrica na cidade, juntamente com a inauguração do serviço
de abastecimento de água. Em 1938, a vizinha cidade de Itajaí, foi dividida em
dois perímetros, sendo incluído no perímetro urbano, Navegantes ate São
Domingos (antigamente Saco Grande). E assim o bairro foi progredindo
lentamente, ate que no ano de 1962, começaram os primeiros movimentos de
emancipação política e administrativa do Município.
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