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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Navegantes 50 anos - Os primórdios


Nossa cidade de Navegantes Celebra 50 anos de Emancipação Política. Passo a reproduzir fatos da nossa história em comemoração ao jubileu de ouro que precisamos festejar. Neste post vamos conhecer um pouco da história que antecede a emancipação política.

A história registra que já em 1700, junto a margem norte do rio Itajaí-Açú, nas imediações de sua foz, no oceano e ao longo das praias que se estendiam do Ribeirão Gravata para o sul residiam mais de 40 famílias de pescadores e agricultores. O primeiro morador de NAVEGANTES, segundo os historiadores, foi o Sr. João Dias D'Arzão, que veio de São Francisco do Sul para se estabelecer na foz do rio Itajaí-Açú, frente a confluência do Itajaí-Mirim, no lugar que antigamente chamava-se Fundadouro, atualmente, onde está o ancoradouro para o serviço de balsa.
Em 1715, Manuel Gonçalves de Aguiar, percorrendo as costas catarinenses, a fim de fazer um levantamento, para a fundação de novas povoações, refere-se a João Dias D'Arzao como já tendo abandonado as suas terras em virtude da pobreza da região em metais preciosos.
Em 1796, o demarcador da Real Fazenda Portuguesa, José Ferreira de Mendonça, procedeu a medição de uma sesmaria, requerida por Manuel da Costa Fraga e localizada na praia, onde hoje se situa o Aeroporto de Navegantes. No mapa, então levantado por esse agrimensor, verifica-se que a fazenda de D'Arzao, ficava exatamente onde foi descrito acima. E prova mais esse mapa, que alem dos Arzões, moravam naquela época outras famílias, bem antes da ocupação da atual cidade de Itajaí. Antônia Ferreira (que deveria ter sido moradora de grande prestigio, pois, vem citada em muitos documentos da época), José da Silva Cascaes, João Machado Fagundes, Coelho da Rocha, parente da primeira citada e muitos outros, famílias estas, que ate hoje tem aqui seus descendentes.
Em 23 de janeiro de 1896, a "Camara Episcopal de Corytiba" concedia "licença para que se possa construir uma capela sob a invocação de Nossa Senhora dos Navegantes, de São Sebastião e de Santo Amaro". O Padre Antônio Eising, então Vigário da Paróquia de Itajaí foi quem fez a solicitação.
Já em 02 de fevereiro de 1898 é inaugurada a Capela de Nossa Senhora dos Navegantes.
Foi em 16 de Setembro de 1906, que os moradores fizeram seus primeiros movimentos, com abaixo assinados, para que a municipalidade desse um nome exato ao arraial, que ate então, chamava-se "outro lado" ou "povoado de Santo Amaro". Fato que permaneceu ate o ano de 1912. Quando o Conselho Municipal discutia um nome ao "arraial", o capitão Henrique Boiteaux, em carta ao jornal da época "Novidades", sugeriu o nome de Alvinópolis. Para relembrar os serviços prestados por Miguel Alvim à Santa Catarina. Mas como o arraial era habitado em sua maioria por navegadores, e tinha como padroeira a Nossa Senhora dos Navegantes, o Conselho Municipal deu o nome oficial ao arraial de "NAVEGANTES", em 17 de Dezembro de 1912.
Em 1928, no dia 12 de Outubro foi feita a instalação da luz elétrica na cidade, juntamente com a inauguração do serviço de abastecimento de água. Em 1938, a vizinha cidade de Itajaí, foi dividida em dois perímetros, sendo incluído no perímetro urbano, Navegantes ate São Domingos (antigamente Saco Grande). E assim o bairro foi progredindo lentamente, ate que no ano de 1962, começaram os primeiros movimentos de emancipação política e administrativa do Município. 

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