A Câmara de Vereadores aprovou na sessão desta segunda-feira, dia 07 de novembro, dois projetos de lei enviados pelo prefeito.
O projeto de lei complementar Nº 034 de Novembro de 2011, alterou a lei complementar nº 110 de agosto de 2011 e criou os seguintes cargos comissionados:
- Gestor Público Municipal II, com salário de R$ 1.050,00. Já existiam 20 cargos e agora foi criado mais 01;
- Executivo de projetos estratégicos III, salário R$ 1.650,00. Já existiam 06 cargos e foram criados mais 02;
- Assessor técnico I, com salário de R$ 4.000,00. Já existiam 12 cargos e foram criados mais 04;
- Assessor técnico III, com salário de R$ 2.150,00. Já existiam 16 cargos e foram criados mais 02;
- Executivo de projetos estratégicos II, com salário de R$ 2.650,00. Já existiam 02 vagas e foram criadas mais 02;
- Gestor público municipal I, com salário de R$ 1.250,00. Já existiam 30 cargos e foram criados mais 02.
Total de gastos por mês com os novos comissionados será de R$ 32.450,00 em salários, mas encargos que passarão de 10 mil reais. Os gastos por ano será de mais de MEIO MILHÃO DE REAIS
Justificando o Injustificável
O projeto de lei complementar nº 035 de Novembro de 2011 que altera a lei complementar nº 075 de Março de 2010, extinguiu as seguintes vagas:
- Direção de escola CEI-EJA de até 50 alunos - existiam 08 vagas e foram extintas 03, salário de R$ 1.700,00;
- Direção de escola CEI-EJA, de 51 á 100 alunos, existiam 08 vagas e foram extintas 03, salário R$ 1.750,00;
- Direção de escola CEI-EJA, de 1001-1500 alunos, existiam 05 vagas e foram extintas 02, salário R$ 1.650,00;
- Secretaria de escola CEI-EJA, de 251 á 500 alunos, foram extintas 08, salário 1.300,00;
- Secretaria de escola CEI-EJA, de 751 á 1000 alunos, foram extintas 06 vagas, salário 1.400,00;
A argumentação dos vereadores do governo: a extinção destes cargos seria economia para justificar a criação dos cargos criados e que vão gerar uma despesa de mais de MEIO MILHÃO DE REAIS/ANO.
Questionados pela oposição, foi a vereadora Maria Flor (PSD) que fez a defesa. A vereadora disse que as escolas não precisam de diretoras e secretárias e sim de professores e equipamentos. Outra informação prestada pela edil é de que os cargos ora extintos não estavam sendo ocupados. Se não estavam sendo ocupados, a extinção dos cargos não gera nenhuma economia.
Línguas Afiadas
Os comentaristas e analistas políticos de plantão em Navegantes tiraram algumas conclusões sobre estes projetos:
- 1. O prefeito extinguiu cargos que não estavam sendo ocupados e que, portanto, não geravam despesas para a municipalidade. Mas, como precisava distrair a opinião pública fez a extinção dos cargos, o problema é que “bateram com a língua nos dentes” e informaram que os cargos não eram todos ocupados;
- 2. Criou os novos cargos, com polpudos salários, para acomodar os novos integrantes da base governista.
- 3. Já imaginou deixar vereadores leves e soltos. Um pedido de informação, um requerimento aprovado convocando um servidor que fez denúncias, poderia colocar “em risco” a governabilidade.
- 4. Quem serão os nomeados para os cargos. Se você tem paciência espere a publicação no Jornal dos Municípios, lá pelo meio a gente encontra os nomes, mas vai demorar...
- 5. Há quem garanta que novos projetos de lei aportarão no legislativo municipal e rapidamente serão aprovados novos cargos. Seriam as TRÊS SECRETARIAS criadas a conta gotas?
Informação final: o vereador marcos Paulo da Silva foi o único a votar contra os projetos. Sete votaram a favor. Presidente não vota e o vereador Lino (PMDB) estava ausente.
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